Divulgado o mapa mais detalhado da Via Láctea com 1 bilhão de estrelas

Mil dias após seu lançamento, em 19 de dezembro de 2013, o telescópio espacial europeu Gaia revelou nesta quarta-feira (14) o resultado de suas buscas no espaço, observando a passagem de 60 milhões de estrelas por dia em nossa galáxia, que tem 100 mil anos-luz de diâmetro.

O resultado é o mapa 3D mais detalhado já produzido da Via Láctea, um catálogo de 1 bilhão de estrelas.

Desse total, 2 milhões tiveram sua distância e seus movimentos laterais nos céus traçados precisamente.

François Mignard, dirigente das investigações no Centro Nacional de Investigação Científica da França A enorme quantidade de dados que reuniu já permitiu elaborar este catálogo com as posições de 1,142 bilhão de estrelas, ou seja, 200 milhões a mais do que havia sido previsto inicialmente. O objetivo final é completar o mapa celeste em 3D mais preciso até o momento. A partir de agora, os astrônomos poderão consultar os dados sobre os diferentes corpos celestes, incluindo anãs brancas, estrelas variáveis e 2.152 quasares, os objetos mais afastados do Universo. "Gaia não apenas nos fornece a posição das estrelas, mas também seu movimento, e isso também nos permite compreender melhor como nossa galáxia se formou", explicou Antonella Vallenari, do Observatório de Pádua (Itália). Por exemplo, permitirá saber se nosso Sol foi criado a partir de um "cluster", um aglomerado de matéria. A posição e o movimento de 400 destes aglomerados já foram registrados por Gaia, disse Vallenari. A origem da galáxia Com os novos dados, divulgados pela ESA (Agência Espacial Europeia) e o Consórcio Europeu (DPAC - Data Processing and Analysis Consortium), é possível medir as distâncias e movimentos de estrelas em cerca de 400 conjuntos de até 4.800 anos-luz de distância --a medição de distâncias entre estrelas, tanto em nossa galáxia quanto além, tem papel fundamental na astronomia, que agora entra em uma nova fase. "Este bonito mapa que estamos publicando hoje mostra a densidade de estrelas medidas por Gaia em todo o céu, e confirma que foram coletados dados excelentes durante os primeiros anos de operações", disse Timo Prusti, cientista do projeto Gaia na ESA. No futuro, os cientistas serão capazes de determinar distâncias muito precisas para uma grande amostra de estrelas através do método de medição usado pelo Gaia. Com isso, eles conseguirão entender melhor a relação entre o período e o brilho dessas estrelas, e aplicá-lo para medir distâncias além da nossa galáxia. Também se espera que a informação coletada permita saber mais acerca de um dos grandes enigmas do universo, a matéria escura. Sentinela sempre alerta, Gaia também observa o movimento dos asteroides, caso sua trajetória constitua uma ameaça para a Terra. Gregory Laughlin, da Universidade de Yale, afirma que Gaia revelará à comunidade de astrônomos "milhares de novos mundos", embora ainda precise completar seu trabalho de coleta. Sua missão de observação astronômica será concluída no fim de 2020. "Este é apenas o começo [...] para testar a qualidade dos dados, e temos uma prévia das enormes melhorias que Gaia trará em breve para a nossa compreensão das distâncias cósmicas", disse Gisella Clementini, do Observatório Astronômico de Bolonha. A nova missão tem dois telescópios, que examinam a Via Láctea a uma distância de 1,5 milhões de quilômetros da Terra. Os telescópios mapeiam a posição, os movimentos e as propriedades físicas das estrelas, além de sua temperatura e composição. Estes dados permitem determinar a idade das estrelas. A previsão é que em cinco anos, as 100 mil estrelas perfiladas pelo telescópio Hipparcos, ativo entre as décadas de 80 e 90, vão se tornar 1 bilhão no catálogo Gaia.
O resultado é o mapa 3D mais detalhado já produzido da Via Láctea, um catálogo de 1 bilhão de estrelas.
Ao longo dos séculos foram sendo feitos mapas celestes, mas nunca desta envergadura nem com esta precisão

François Mignard, dirigente das investigações no Centro Nacional de Investigação Científica da França

A enorme quantidade de dados que reuniu já permitiu elaborar este catálogo com as posições de 1,142 bilhão de estrelas, ou seja, 200 milhões a mais do que havia sido previsto inicialmente. O objetivo final é completar o mapa celeste em 3D mais preciso até o momento.

A partir de agora, os astrônomos poderão consultar os dados sobre os diferentes corpos celestes, incluindo anãs brancas, estrelas variáveis e 2.152 quasares, os objetos mais afastados do Universo.

“Gaia não apenas nos fornece a posição das estrelas, mas também seu movimento, e isso também nos permite compreender melhor como nossa galáxia se formou”, explicou Antonella Vallenari, do Observatório de Pádua (Itália).

Por exemplo, permitirá saber se nosso Sol foi criado a partir de um “cluster”, um aglomerado de matéria. A posição e o movimento de 400 destes aglomerados já foram registrados por Gaia, disse Vallenari.

A origem da galáxia
Com os novos dados, divulgados pela ESA (Agência Espacial Europeia) e o Consórcio Europeu (DPAC – Data Processing and Analysis Consortium), é possível medir as distâncias e movimentos de estrelas em cerca de 400 conjuntos de até 4.800 anos-luz de distância –a medição de distâncias entre estrelas, tanto em nossa galáxia quanto além, tem papel fundamental na astronomia, que agora entra em uma nova fase.

“Este bonito mapa que estamos publicando hoje mostra a densidade de estrelas medidas por Gaia em todo o céu, e confirma que foram coletados dados excelentes durante os primeiros anos de operações”, disse Timo Prusti, cientista do projeto Gaia na ESA.

No futuro, os cientistas serão capazes de determinar distâncias muito precisas para uma grande amostra de estrelas através do método de medição usado pelo Gaia. Com isso, eles conseguirão entender melhor a relação entre o período e o brilho dessas estrelas, e aplicá-lo para medir distâncias além da nossa galáxia.

Também se espera que a informação coletada permita saber mais acerca de um dos grandes enigmas do universo, a matéria escura.

Sentinela sempre alerta, Gaia também observa o movimento dos asteroides, caso sua trajetória constitua uma ameaça para a Terra.

Gregory Laughlin, da Universidade de Yale, afirma que Gaia revelará à comunidade de astrônomos “milhares de novos mundos”, embora ainda precise completar seu trabalho de coleta. Sua missão de observação astronômica será concluída no fim de 2020.

“Este é apenas o começo […] para testar a qualidade dos dados, e temos uma prévia das enormes melhorias que Gaia trará em breve para a nossa compreensão das distâncias cósmicas”, disse Gisella Clementini, do Observatório Astronômico de Bolonha.

A nova missão tem dois telescópios, que examinam a Via Láctea a uma distância de 1,5 milhões de quilômetros da Terra. Os telescópios mapeiam a posição, os movimentos e as propriedades físicas das estrelas, além de sua temperatura e composição. Estes dados permitem determinar a idade das estrelas.

A previsão é que em cinco anos, as 100 mil estrelas perfiladas pelo telescópio Hipparcos, ativo entre as décadas de 80 e 90, vão se tornar 1 bilhão no catálogo Gaia.

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